quarta-feira, 13 de outubro de 2010

A flor



Permita-me a ventura destas palavras

Entrai, entrai! Aqui dentro também há deuses e Luz

Luz! Mais Luz! Careço-me da sua Luz

Dormi na solidão donde disseram que me encontraria.

Acordei descoberto e com frio de cores surdas

E Agora o que esta morto em mim arranca-me vida que resiste.

Quero Luz, mesmo que momentânea e insuficiente

Gostas de Fogo sem Chama bastam as minhas.

Quero a cor do néctar de flor

do me da flor

do gosto da flor

da paixão da flor

do vicio da flor

do sujeito da flor

do Beijo da flor ... ah!

Sei do perigo que corro na invasão de sua presença: desalojar de mim mesmo.

Esvaziar minha intimidade e ceder o cadinho de só meu que ainda há em mim,

E se assim eu padecer nesta noite enterra-me ao menos, junto a este canto. (Leonardo Frossard)


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